quinta-feira, 27 de julho de 2017

The thin red line (Além da linha vermelha) Resenha


Desde as primeiras cenas a narrativa do filme me lembrou muito do "The tree of life", com a voz fora de campo fazendo perguntas retóricas sobre a vida, a morte e tudo que há no meio. De fato, sem que eu soubesse, Terrence Malick é o diretor de ambos os filmes.
Detestei "The tree of life", de 2011. Achei muito pretensioso e sem rumo, embora a fotografia dele seja fenomenal mesmo, beirando níveis de referência absoluta como "Baraka" (só para dar um exemplo).
Mas gostei muito de "The thin red line".
Em 2 horas e 45 minutos este filme de 1998 desenvolve o drama da guerra através da voz dos protagonistas: um grupo de soldados americanos empenhados na sangrenta batalha de Guadalcanal na segunda guerra mundial.
O filme consegue, até melhor que "Saving private Ryan", capturar o desespero, a loucura, a angustia, a dor, e todos os outros sentimentos, quer ditos quer tácitos, dos envolvidos no conflito. Nas entrelinhas "The thin red line" fala mais alto que "Saving private Ryan", que continua sendo meu filme de referência no quesito "filmes de guerra".
É um páreo duro: a fotografia, a qualidade de imagem e as cenas de ação são incríveis em ambos os filmes, com uma levíssima vantagem para "Private Ryan" (a cena da batalha na praia da Normandia continua inalcançada até hoje).
Por outro lado, "The thin red line" oferece mais pontos para reflexão, com personagens mais marcantes, entre os quais Sean Penn, Jim Caviezel, John Cusack, Nick Nolte, Adrien Brody.
Se não houvesse a voz fora de campo com suas perguntas retóricas ("por que nos tornamos assim?", "quem nos separou?", "de onde vem o mal?",etc.) e o lance de "after life", que francamente achei em excesso e pelo visto é característica marcante do diretor, arriscaria colocá-lo no topo. Infelizmente precisa contentar-se com o segundo lugar, junto com "Hacksaw Ridge".
Mesmo assim o filme contém uma poderosa mensagem sobre a inutilidade e os horrores da guerra. Um retrato fiel da alma humana, com suas virtudes e sua podridão.
Vale muuuito a pena assistir!

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Porque ouvimos e colecionamos discos de vinil


Falar sobre as próprias paixões é algo extremamente nobre. Compartilhar nossos sentimentos representa também uma maneira de prolongar o prazer que o objeto de nossa paixão nos proporciona.

O disco de vinil originariamente cumpria uma dupla função: a principal, ou seja a de meio de fruição da música, e a secundária, de objeto, frequentemente também de valor artístico e visual, ao qual atar momentos, lembranças e situações emotivas.
Uma coleção de lps é de fato uma coleção de memórias: é fácil, ao puxar um álbum adquirido 20 ou 30 anos atrás, reviver, às vezes nitidamente, o momento em que foi comprado ou até mesmo o "mood", a atmosfera ligada a ele. Um pouco como as "madeleines", bolinhos em forma de concha que ativaram as reminiscências do escritor francês Marcel Proust inspirando-o a escrever o romance "Em busca do tempo perdido", um dos principais clássicos da literatura mundial. Porque, por mais "piegas" que isso possa parecer, muitos momentos do passado têm um sabor irresistível.
Não podemos esquecer também o gesto de tomar posse de um fragmento de história, uma lasca tangível do tempo que foi: encontrar um velho disco e apossar-se dele equivale a trazer para dentro de casa uma partícula do passado, não necessariamente vivido por nós, em um gesto que é, ao mesmo tempo, celebração do presente e nos torna cúmplices de eventos já desbotados no fluxo do tempo que corre.
São todos elementos de grande valor emotivo que no estado atual das coisas prevalecem sobre o lado prático relacionado com a existência do disco: portanto o disco não é mais apenas um suporte musical (a tecnologia oferece soluções mais práticas), mas acima de tudo um coletor de memórias e sensações, uma espécie de demiurgo da mente.

O disco tem um som delicado nos graves, doce nos médios e aberto nos agudos que afasta anos de compressão selvagem intencionada a por todas as frequências em primeiro plano. No vinil a música respira e vive na dinâmica, que foi a maior vítima dos suportes digitais.
Apoiando a agulha nos sulcos, o disco te obriga a um respeito pela música que de outra forma você não teria e, justo pela delicadeza desta manobra, é impossível o avanço rápido e selvagem característico do áudio em streaming ou do mp3.
Cada mínima partícula de pó influi na música, modificando-a, tornando a audição cada vez única. Quando o disco está muito sujo, é necessário cuidar dele, limpá-lo. É o equivalente áudio do cinema em película. Em uma palavra: mágico.
Mesmo quando ele "pula", cria o paradoxo de fazer você interagir fisicamente com o som, que é abstrato, pedindo sua atenção. É um equilíbrio muito frágil, que dura desde que foi inventada a reprodução do som. Você se sente parte de uma maravilha atemporal.
Tudo isto tem um custo. Se você achar ruim, deveria pensar duas vezes. Desde que usufruímos mais ou menos livremente de toda a discografia de um artista ao alcance de um "click", a música se tornou (não só isso, mas também) database, estatística, passatempo. Quando, ao contrário, você paga pela música, você lhe atribui um valor que te obriga a aproximar-te dela de forma diferente, não mais como algo de corriqueiro, mas algo que vale um preço, que custa uma renúncia. Você é levado a uma escolha (não é possível comprar tudo!) portanto implicitamente a pensar. Quando você escuta um disco pelo qual você gastou dinheiro, você mantém uma atenção que normalmente não tem para uma playlist do Spotify ou um álbum baixado.
Este é o verdadeiro motivo pelo qual nos lembramos perfeitamente da música escutada anos atrás: não porque era mais bonita; simplesmente tínhamos menos discos e os ouvíamos até consumi-los.
A capa, a contracapa, a foto gigante no meio, as ilustrações, as letras, tudo é do tamanho certo para poder ser apreciado plenamente. Não uma adaptação, mas sim um trabalho original, algumas vezes uma verdadeira obra de arte visual.
O disco toca até sem volume, e é aí que está a maravilha: a agulha cria o som mesmo sem amplificação, só trilhando os sulcos. Você aproxima os ouvidos ao disco e ao ouvir aquele som parecido com um gramofone distante você percebe que a musica nasce dali, de um lugar físico. Ela pega forma. Cada faixa possui seu valor: você pode vê-las graficamente esculpidas nos sulcos. Você pode perceber a duração delas e pode entender se uma música começa lenta ou com poucos instrumentos, para depois ganhar intensidade. Você pode ver a música antes de escutá-la.
O disco de vinil é uma forma de apossar-se fisicamente da música. Uma coleção de discos diz quem você é, conta sua história. Por isso os discos são sagrados e precisam ser guardados como coisas preciosas. Não se vendem, não se trocam e nem deveriam ser emprestados.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

"Coisas para se fazer em Denver quando você está morto"

"Coisas para se fazer em Denver quando você está morto" não obteve muito sucesso na época de seu lançamento em 1995, cúmplice um pouco a "febre" por Tarantino, que com "Pulp fiction" em 1994 havia revolucionado o modo de fazer cinema, e que praticamente monopolizava o interesse de público e crítica naqueles anos.
Contudo, esse filme de Gary Fleder ("Refém do silêncio", "O Juri"), que passou despercebido, merece ser assistido e avaliado positivamente por vários motivos.
Primeiro pela trama.
Jimmy "o Santo" é um empresário interpretado magnificamente por Andy Garcia, talvez no melhor papel da carreira, junto com o de "Internal affairs" ("Justiça cega"), onde divide a tela com Richard Gere.
Os negócios (bastante peculiares) não estão indo bem para Jimmy, embora ele disfarce exibindo um corte de cabelo impecável, esbanje sorrisos e otimismo irresistíveis no rosto e use ternos elegantes. Contudo ele mantém em vida o sonho de poder, um dia, comprar uma lancha e mudar-se para longe de Denver.
Embora hoje ele tente sobreviver honestamente, guarda na gaveta um passado como gangster de todo respeito (o apelido "Santo" vem dele ter frequentado o seminário quando jovem, até perder a vocação e entrar no mundo do crime).
Para salvar sua empresa, endividada até o pescoço, ele se vê obrigado a aceitar executar um "trabalho", na verdade uma "coisinha simples", para o chefão do crime local. Poderia agir sozinho, mas prefere convocar os companheiros dos velhos tempos, que também financeiramente não navegam em boas águas. No meio da operação um imprevisto acontece, a situação precipita e Jimmy, terá que repensar na sua vida e correr atrás do prejuízo. Sentindo-se responsável, tentará salvar o que for possível e consertar os erros cometidos.
O elenco inclui, além da grande atuação de Andy Garcia, que literalmente dá vida a um personagem melancólico, mas ao mesmo tempo provido de bom coração e cheio de alegria (e é impossível não gostar dele!), um notável Christopher Warden, que interpreta o chefão mafioso paraplégico, o tempo todo em uma cadeira de rodas. Um personagem azedo e cínico, amargurado pela vida, que parece ter sido muito má com ele: além da enfermidade, teve que passar pelo falecimento da esposa amada e hoje, o único laço familiar que sobrou-lhe, é o do filho, um garotão seriamente retardado, que vive arrumando-lhe problemas. Da sua mansão,onde ele vive constantemente assistido por uma enfermeira supersexy e cercado pelos seus capangas, ele controla os negócios criminosos.
Gabrielle Anwar (a atriz que dança o tango na famosíssima cena com Al Pacino em "Perfume de mulher") esbanja juventude e sensualidade ao interpretar Dagney, a linda jovem que conquista o coração de Jimmy. A química entre Gabrielle e Andy é muito boa, o casal protagoniza algumas cenas memoráveis.
Todos os personagens são bem construídos, ao ponto de alguns parecerem personagens de quadrinhos, com características peculiares mas não estereotipados. O diretor desenvolve com grande habilidade o psicológico deles.
"Critical" Bill (Treat Williams), um dos parceiros de Jimmy, é um brutamonte violento e asqueroso com sérios distúrbios mentais que treina boxe batendo em cadáveres; Olden (Christopher Lloyd, o "Doc" de "De volta ao futuro", o mais idoso da turma, ganha a vida projetando filmes em um cinema pornô; Lucinda (Fairuza Balk) é uma jovem prostituta que sonha em um dia ter um filho com Jimmy e vive pedindo dinheiro emprestado; Steve Buscemi é perfeito como killer silencioso e frio, a morte personificada, uma figura dificilmente esquecível, mesmo tendo importância marginal no contexto da história.
É muito interessante assistir à luta que os personagens terão que travar para arcarem com as consequências das próprias ações e que os levará para os próprios destinos.
Outro elemento de destaque deste filme é a linguagem muito peculiar, repleta de gírias e expressões quase incompreensíveis e de difícil tradução ("boat drinks", "mammy-rammer", "give it a name", "buckwheats"), os diálogos afiados e crus que tornam a história mais real e às vezes puramente trash. Algumas falas são inesquecíveis ("Eu sou Godzilla, você é o Japão!")
Mas atenção: não se trata apenas de mais um filme de gangsters ou de pura ação. Nas cenas e no desenvolver dos eventos é recorrente o tema da fragilidade da vida, da frustração da mortalidade e a angustia da iminência da morte, o que leva a refletir sobre nossas ações, sobre nossa existência, não apenas na dimensão presente dos fatos cotidianos mas também em perspectiva futura, visando o tempo em que não mais estaremos aqui.
Com muito bom gosto Fleder insere na trilha sonora algumas pérolas de Tom Waits, Johnny Cash, Morphine e Buddy Guy, que muito oportunamente ajudam a descrever algumas cenas de forma mais viva e dinâmica.
Sem mencionar a cena final, tão linda que chega a dar um aperto no peito.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

O pulo do gato na limpeza dos discos de vinil (custo/benefício impressionante!!!)

É um fato inegável: a reprodução musical depende muito das condições dos suportes áudio que contém as informações sonoras. Um cd arranhado, um disco de vinil sujo ou até mesmo um pen drive ilegível podem tornar a audição de música um pesadelo quando na realidade deveria ser um prazer.
Pensando em som analógico (os bons e velhos bolachões) desenvolvi esse guia que espero possa ser de ajuda na busca do melhor som possível.
Como já escrevi em outro post, existem inúmeras maneiras de limpar os discos de vinil, e todas buscam o mesmo objetivo: tornar a experiência analógica o mais prazerosa possível. Um disco de vinil, se bem cuidado e em boas condições pode proporcionar um som de altíssima qualidade. Ao contrário do que muitos pensam, os "bolachões" podem manter uma qualidade de som excelente por dezenas de anos, desde que limpos e armazenados em condições ideais. Aqui vou ensinar o método de limpeza que realmente representa o "pulo do gato", que garante resultados comparáveis aos obtidos por lavagem com máquinas profissionais tipo VPI, Nitty Gritty, etc. E isso com uma relação custo/benefício INACREDITÁVEL!
Trata-se de um sistema baseado (como as máquinas acima) em SUCÇÃO. Esse sistema é de fácil realização e garante o mesmo resultado que as máquinas de lavar vinil e o melhor é que você não precisa gastar centenas de dólares por isso!!!
Discos de vinil na maioria dos casos costumam ter uma certa idade. Pela próprias natureza a tendência é acumular estática, poeira, sujeira de todos os tipos e às vezes até mofo que se deposita nos sulcos microscópicos, às vezes de forma invisível, causando uma reprodução cheia de interferências e um som abafado com graves embolados e agudos pouco extensos.
O que é pior é que muitas vezes até discos que ao olho nu o disco se apresentam limpos, sem riscos ou arranhões, mesmo apesar de todo tipo de lavagem, na hora de tocar são um desastre. O som não sai limpo. Isso é porque os demais métodos de limpeza que não sugam a sujeira dos sulcos dos discos não fazem mais do que espalhar a sujeira da superfície de um lugar para outro no disco. Por isso o som continua ruim.
Aqui está o segredo: a SUCÇÃO. Nesses últimos dez anos tentei de tudo (às vezes com discretos resultados), mas nunca encontrei um método que transformasse o som dos discos de vinil tão radicalmente como esse que estou postando aqui.
Em primeiro lugar quero deixar bem claro que esse método não serve para discos surrados, cheios de arranhões ou riscos profundos (contra esses não há remédio, portanto cuide de seus discos!!!), mas com certeza vai dar nova vida àqueles discos sujos ou até mesmo que aparentam estar limpos e que paradoxalmente tem um som horrível, cheio de "plocs", ruídos e com médios/agudos abafados. Esse sistema devolve o prazer do mais puro som analógico. E o legal é que isso pode ser obtido com uma despesa realmente irrisória!

Tudo que você precisa é:
- Um aspirador de pó e água
- Dois borrifadores
- Álcool isopropílico
- Detergente neutro para louça (tipo Ypê, Minuano, Limpol,etc.)
- Água destilada ou deionizada ou purificada (se encontra em farmácias ou postos de gasolina e lojas de produtos automotivos)
- Um pincel de cerdas macias (daqueles usados para pintar paredes, madeira, etc). Eu uso um de 3-4 cm de largura.
- Um pano de microfibras (mas se não tiver não importa)
- Tiras de feltro adesivas (se encontram em lojas de material de construção e são bem baratas)
- Uma superfície lisa que não possa ser aspirada sobre a qual apoiar os discos.

Agora vamos ao trabalho!
Pegue uma terminação de aspirador (eu uso uma em forma de "t", a da foto) e corte tiras de feltro adesivo retangulares para que cubram a inteira extensão da ponta (o aspirador tem que passar na superfície do disco sem causar o mínimo arranhão). Certifique-se de não obstruir o canal aspirante e que o feltro esteja bem fixado ao plástico da ponta do aspirador. Faça um teste passando o aspirador (ligado, obviamente!) em cima de um disco ruim ou em péssimas condições. Veja se o feltro adere à superfície do disco. O disco deve grudar no aspirador. Mexa com movimento circular pra ver se o aspirador passa suavemente sem causar arranhões (não deveria visto que o feltro amortece a fricção do plástico com o vinil).

Agora você precisa fabricar a solução de limpeza.
Essa é a receita que eu pessoalmente uso, que muitos audiófilos do mundo inteiro recomendam e que na minha opinião proporciona resultados sensacionais. Você pode ser mais exigente e encomendar um produto comercial importado tipo Discwasher ou L'art Du Son no Ebay, procurar outras receitas na net ou também nada impede que você crie sua própria receita caseira, utilizando outros produtos. É muito legal experimentar novas soluções e chegar com uma ideia nova!
Misture água destilada com álcool isopropílico na proporção de 70/80% de água e 20/30% de álcool. Faça uma quantidade que seja suficiente a preencher um borrifador. Acrescente uma ou no máximo duas gotas de detergente neutro, (mas não mais que isso!) e chacoalhe. A função do detergente é apenas de quebrar a molécula da água para que ela possa penetrar mais facilmente nos sulcos.
Encha o outro borrifador de água destilada PURA que servirá para o enxágue.

LAVAGEM, ENXÁGUE E SUCÇÃO:
Coloque o disco em cima da superfície lisa com o lado A para cima. Cubra o selo com alguma coisa plástica e redonda para não molhá-lo. Borrife bastante solução de limpeza em cima do disco e com movimentos circulares passe o pincel em volta do disco. Não precisa fazer muita pressão, passe bem levemente. Pode passar nos dois sentidos, você vai ver que se formarão umas pequenas bolhas brancas no disco todo. Você está removendo a sujeira dos sulcos do vinil! Está na hora do enxágue.
Pegue o outro borrifador e enxágue o disco borrifando bastante água destilada. Cuidado com o selo!
Agora a parte melhor, a que faz toda a diferença: a sucção. Ligue o aspirador e segurando o disco pela borda com um pano de microfibras levante o disco e mantendo-o inclinado comece a aspirar rodando o disco com a mão esquerda. Você vai ver que o aspirador sugará o liquido da superfície do disco que ficará limpa e seca em poucos instantes. A medida que o aspirador for secando o disco você vai perceber que ele começa a exercer mais pressão em cima da superfície do vinil. É sinal que o liquido foi completamente aspirado. Duas voltas inteiras são suficientes para deixar o vinil perfeitamente seco. Se no fim do processo ao afastar o aspirador do disco aparecerem umas gotículas, você pode retirá-las absorvendo-as com o pano de microfibras.
Vire o disco e repita o processo para lado B.
Se ao término desse processo o selo estiver seco, parabéns!!! Caso não estiver, espere até ele secar e aí o disco está pronto para ser colocado em seu celofane ou ainda melhor para ser tocado! Em muitos casos porém os selos terão algum resíduo de água. Nenhum problema, deixe secar naturalmente ao ar, é questão de poucos minutos.
Pronto! Agora seus discos tocarão como nunca antes e suas audições serão mais prazerosas! mantenha sempre seus discos limpos. Lave até os discos novos! Sempre lembre-se de armazenar seus discos em posição vertical em um lugar areado e seco.
Espero seus comentários aqui!



Nota: Andei experimentando ainda mais e achei que usar abrilhantador secante para lava-louças (se encontra em qualquer supermercado, o da Sun ou Limpol custam R$ 6 a embalagem de 100ml)é melhor que o detergente comum para pratos, pois trata-se de um produto menos agressivo e que desenvolve o mesmo papel, sendo um tensioativo (ou seja, quebra a molécula da água e tem alto poder limpante). Bastam poucas gotas misturadas a solução de água destilada e álcool isopropílico. Podem experimentar também variando as proporções de álcool e água destilada, tentando diminuir a quantidade de álcool (acho que podemos chegar a 5-10% tendo ótimos resultados!)


domingo, 13 de janeiro de 2013

Filmes que você tem que evitar: TAKEN 2

Considerações gerais:
Primeiro: Liam Neeson é um bom ator.
Segundo: "Taken" de 2008 é um bom filme de entretenimento (mesmo com umas coisas forçadas).
Terceiro: Taken 2 é uma merda total.

O filme é simplesmente uma sequências de cenas absurdas e incoerentes, uma após a outra.
A trama é simples: as famílias dos albaneses que Bryan Mills (Liam Neeson) exterminou no primeiro filme por terem sequestrado a filha dele em Paris, se reúnem liderados por um velho que é pai de Marco, chefinho meia-boca brutalmente assassinado no episódio anterior. O objetivo é óbvio: vingar-se do Mills.
O filme começa com o nosso herói que, perfeito pai de família, vai visitar a filha Kim (Maggie Grace) que vive com a mãe, tem um namorado e não consegue tirar carta de motorista. E o que o perfeito pai faz? Se oferece para deixar a filha estacionar o próprio carro (coisa que ela consegue perfeitamente!)resolvendo o problema de falta de auto-estima dela. Vamos ficar de olho nessa menina!
Lenore, a mãe de Kim (a linda Famke Janssen), está em crise com o atual companheiro e não é mais a mulher azeda e rancorosa que costumava ser com Bryan, muito pelo contrário: quando o namorado milionário decide cancelar a viagem que haviam planejado, ela se joga nos braços do ex e topa curtir uns dias de "férias" com ele em Istambul. Mulher de fases?
E com uma cena memorável, na qual ela e Bryan decidem brindar juntos e os dois copos aparecem de uma hora pra outra magicamente cheios de vinho sem que eles tenham aberto a garrafa, começa a série de besteiras que vai até o fim desse filme.
Estávamos falando de férias, certo? Sim, porque o Bryan arrumou um "bico" em Istambul onde dá pra entender vagamente que ele foi contratado por dois ou três dias para proteger um sheik importante e de repente ex-mulher e filha aparecem (interessante como estes americanos conseguem passagens tão facilmente e em cima da hora!).
Bom, então eles estão curtindo o hotel super-chique em que estão alojados enquanto os albaneses estão preparando o plano pra sequestrar as mulheres queridas do Bryan. Tem que dizer que estes vilões são uns miseráveis mal vestidos, todos barbudos e sujos que moram em lugares sinistros, muquifos onde assistem a jogos de futebol em uma tv em preto e branco (quem no mundo no ano 2012 ainda tem tv em preto e branco? Não existe!!!) mas ao mesmo tempo tem a disposição picapes, bmws, conseguem vistos falsos e usam armas automáticas para realizar o plano deles. Meio estranho, não?
Eles atravessam uma hipotética fronteira que dividiria a Albânia da Turquia (os dois países não fazem divisa em nenhum mapa e muito menos no mundo real, mas não importa porque americano não é bom de geografia!) e chegam em Istambul.
Bom, eles penetram no hotel, onde tem outra cena memorável: uma camareira provida de walkie-talkie (onde já se viu?) avisa a segurança da presença dos bandidos que depois de uma luta com golpes em câmara lenta, muito brega, conseguem capturar Bryan e ex esposa.
Eles, em outra cena fantástica, encostam uma faca no pescoço da Lenore, não se vê a imagem mas se percebe o som de um corte violento. Cortaram a garganta dela? É o que qualquer pessoa lógica pensaria. O chefe dos albaneses a amarra a uma corrente de cabeça para baixo, porque assim ela sofreria mais e demoraria mais pra morrer. Na realidade nas cenas seguintes descobrimos que machucaram apenas o rosto dela (pouco mais que um arranhão!)
Logicamente Bryan fica puto e tem uma carta na manga, ou melhor, um mini celular escondido em uma bota. Mesmo amarrado consegue com o pé levar o aparelho até as mãos, ligar pra Kim, avisá-la que ele e a mamãe foram capturados e, instruir a filha como se fosse uma agente secreta profissional. Ela, sob instrução do pai, entende tudo na primeira (!)e desenha uns círculos no mapa, para poder localizá-lo. Os círculos são baseados nas recordações que ele tem de quando, sequestrado e jogado na picape foi transportado pro esconderijo dos criminosos. Sim, porque ele contou os segundos que o carro andou antes de virar, lembra do som de uma espécie de ukulele que um velho está tocando na rua, como se esse instrumento fosse uma inteira orquestra, mas o Bryan é tão foda que lembra até mesmo das mudanças nas marchas do câmbio do carro que o estava transportando!
Sim, ele é tão foda que instrui a filha a jogar granadas da janela do hotel e ela consegue quase acertar o lugar onde os inimigos estão! A menina provoca o caos com um par de granadas e desestabiliza os albaneses.
Assim ele consegue se livrar, cortando o "barbante" que o aprisionava e instrui a filha, que está correndo pelos telhados das casas(!), para jogar a arma dele através de um cano de onde ele fez sair fumaça. Claro que ele consegue fugir e junto com a filha, que agora dirige como um 007, conseguindo dar cavalinho de pau de ré e fugir pelas ruas da cidade a altíssima velocidade escapa da ameaça.
Vocês querem mais ou posso parar aqui?
Outro momento superlativo dessa bosta de filme acontece quando pai e filha irrompem de carro na embaixada americana e não recebem nem um tiro dos soldados e dos guardas (a motivação idiota é que "poderia ter uma bomba de terroristas no carro") porque Bryan atráves do celular consegue falar com um dos amigos dele que tem influência no governo e esse amigo em poucos segundos consegue tirar o deles da reta...
Bom, qualquer um pode facilmente imaginar o final. Os bons vencem, ninguém se machuca enquanto os maus morrem todos. Kim passa no exame da auto-escola e viveram felizes para sempre.
Sim, tomara que seja para sempre, porque tenho medo só de pensar em uma continuação dessa vergonha de filme.
Enfim, um filme horroroso, que qualquer pessoa com um mínimo de inteligência e amor a si mesma e ao cinema faria bem a evitar. Não considero nem como opção para entretenimento. Um verdadeiro insulto à inteligência.
Se tivesse pelo menos a auto-ironia de "Os mercenários 2" poderia até se salvar, caindo no ridículo, e pelo menos provocaria boas gargalhadas no espectador, mas infelizmente para ele e para quem o assiste, este filme comete o erro de se levar muito à sério e acaba se tornando uma porcaria colossal.
Fuja dele!

sexta-feira, 9 de março de 2012

Como limpar os discos de vinil




Sobre limpeza de discos de vinil existem opiniões tão divergentes e tão pessoais que o assunto chega quase a ser um dogma religioso.
Alguns afirmam que jamais o disco de vinil deva ser lavado, outros acreditam que a limpeza deva ser feita apenas usando os produtos específicos para isso (quase sempre muito caros e difíceis de serem encontrados aqui no Brasil), ou as máquinas tipo Nitty Gritty ou VPI, outros acham que é suficiente passar um pano ou uma escova antiestática pouco antes de pôr a agulha no discos e ainda outros confiam nas "receitas caseiras", sempre em busca da solução ideal.
Em geral a melhor limpeza possível é feita por sucção, ou seja algo que aspire a sujeira do disco.
O método que vou ensinar é simples, manual e só fruto de muita pesquisa e experiência pessoal. Não tenho a pretensão de afirmar que seja o melhor método de limpeza do mundo e respeito qualquer outro sistema. Afinal, cada um faz o que bem entender com seus próprios vinis. Só posso dizer que, depois de anos, encontrei um método de limpeza ao alcance de praticamente todos e que produz bons resultados.
Então vamos imaginar a seguinte cena: você achou no sótão, num sebo ou ganhou de um amigo/parente,etc. alguns discos que ficaram só Deus sabe onde por muito tempo. Quando abre o celofane que os guarda (se ainda existe) se depara com a triste realidade: os discos estão cheios de pó, sujeira de todos os tipos, na pior das hipóteses mofo. O que fazer?
Depois de alguns anos de experimentação cheguei à conclusão que é bastante fácil remover a sujeira superficial, aquela visível. Para isso, uma simples lavagem com água e detergente neutro (tipo Ypê, Minuano, etc)pode ser suficiente. O problema é que existe um tipo de sujeira invisível nos microssulcos dos lps que é muito difícil de remover. Esta sujeira é a maior responsável pelos "plocs" que se ouvem quando a agulha trilha os sulcos e, impedindo uma correta leitura do sinal gravado nas paredes, acaba por abafar o som.
O meu método utiliza os seguintes produtos que podem ser encontrados facilmente:
- Vinagre claro (o vinagre tem alto poder de limpar e dissolver a gordura, tanto que é usado na limpeza de superfícies plásticas ou acrílicas). No lugar do vinagre, e ainda melhor, porém mais dificil de encontrar, pode ser usado alcool isopropílico, que se encontra nas lojas de eletrônicas e é usado pra limpar placas de computadores, partes eletrônicas, etc.
- Um borrifador
- Um pedaço de veludo sintético (se compra por metro em qualquer loja de tecidos). O veludo sintéticos tem fibras microscópicas que conseguem penetrar nos sulcos dos lps sem danificá-los.
- Detergente para louças de preferência neutro.
- Água destilada (preferir) ou se não tiver, pelo menos filtrada.

Faça uma solução de 50% vinagre branco ou alcool isopropílico e 50% água destilada (ou filtrada) e coloque em um borrifador. Adicione uma ou duas gotas de detergente neutro tipo Ypê. Poucas gotas mesmo, é o suficiente para "quebrar" a molécula da água pra permitir que essa solução entre nos sulcos.
Apoie o disco a ser lavado em cima de uma superfície lisa e não abrasiva (eu uso plástico bolha ou nylon), borrife bem o lp fazendo atenção a não molhar o selo (o vinagre poderia estragá-lo), passe o pano de veludo sintético com movimentos circulares em cima do disco, seguindo a direção dos sulcos (eu faço em sentido horário)até ter atingido toda a superfície do mesmo. Não precisa fazer muita pressão. Enxágue debaixo da torneira com bastante água fria (pode molhar o selo que não tem problema, o simples jato de água não estraga o selo). Repita a operação para o outro lado do lp. Normalmente depois de enxaguar o lado B eu enxaguo de novo o lado A também, visto que ele ficou em cima do plástico que pode conter resíduos da sujeira que acabou de ser removida. Enxágue o pano de veludo e remova o excesso de água para cada disco que for limpar.
Depois de enxaguar os dois lados deixe secar naturalmente ao ar. Não tente secar com algum pano que poderia empoeirar ou sujar os discos de novo.
Eu coloco os discos no escorredor de pratos, como na foto. Leva mais ou menos uma hora para os discos secarem completamente.
Experimente! Garanto que com este sistema aqueles discos imundos que você resgatou perderão a maior parte dos "clicks" e "plocs" que incomodam a audição, o som ficará mais nítido e sua audição mais prazerosa.
Para resultados ainda melhores, comparáveis aos obtidos com as máquinas profissionais, não deixe de ler meu outro artigo sobre limpeza profunda com sucção aqui, neste mesmo blog, sob o título "O pulo do gato na limpeza dos discos de vinil"
E não deixe de comentar os resultados!

domingo, 14 de agosto de 2011

Sony MDR-XB300 review




Este Sony MDR-XB300 é um fone "over the ear", um daqueles que cobrem completamente o ouvido. Ao peso cerca de 120 gramas, ele é bem confortável com os pads bem macios e altos. Enquanto o fio de "tipo Y" , ou seja que sai de cada pad, é objetivamente curto (1,2m), tem uma caracteristica muito interessante e que garante boa durabilidade: de fato ele é achatado, tornando praticamente impossível aquela que talvez seja a principal causa de estrago de um fone, ou seja o enroscamento do próprio fio com conseguinte perda de contato. Ótimo portanto para quem o utilizar com pcs ou dispositivos portáteis como I-pods, mp3 players ou celulares.
Quem quiser conectar este fone a tv, home theater ou som e acomodar-se confortavelmente no sofá vai precisar comprar uma extensão visto que o cabo só mede 1,2m(nada de proibitivo).
No papel esse fone promete muito: a resposta em frequência declarada pela Sony é 5-22.000 hz, o próprio XB no código do produto significa "Extra Bass", garantindo uma boa reprodução das baixas frequências. Isso graças aos poderosos drivers de 30 mm que quando em ação oferecem um elevado nível de isolamento acústico. Em prática, se você ouvir música em um discreto volume, quem estiver ao seu lado não será incomodado pelo som e também você não perceberá as conversações e os outros barulhos ao seu redor.
Mas vamos testar este fone com vários tipos de música.
Teste realizado com o fone diretamente plugado na saída do pc.
O MDR-XB300 não é o tipo de fone que possa ser considerado "neutro" ou "transparente", visto que enfatiza os graves, fato que por outro lado assegura que o som reproduzido esteja sempre fundamentado em bons alicerces.
Com o jazz, por exemplo "Love for sale" na versão de Cheryl Bentyne é agradabilíssima: o orgão que entra ao uníssono com o contrabaixo logo após as baquetas no chimbal, tem força e profundidade. A linda voz da cantora bem definida, assim como o saxofone. Com certeza esse é um fone que brilha com pequenos combos. Só pra confirmar minha impressão coloco Ray Brown, Monty Alexander e Sam Most em "Blue Monk": aqui os graves estão na minha opinião dominando. O som me parece um pouco "embolado" pelo excesso de graves. De fato, depois de um pequeno ajuste no equalizador, o piano aparece mais brilhante, os graves ainda sustentam e dão vitalidade à musica mas sem sobrepor-se. A flauta emerge bem na mixagem.
O Trio da paz em "Manhã de Carnaval", muito intimamente nos devolve intacto o feeling da bossa nova: o violão bem definido,nunca metálico, as vassourinhas marcando o tempo, o contrabaixo pleno mas não retumbante, a voz etérea. Amei!
Tempo de mudar de estilo: eis aqui os bons e velhos Stones em "Gimme Shelter". A textura das guitarras è boa, a voz do Mick e da Lisa aparecem um pouco distantes, a rítmica ok, mas é preciso lembrar que essa gravação não è das melhores e talvez fosse esse o efeito desejado pelos próprios músicos. Reprodução honesta de qualquer forma.
Vamos passar a uns descendentes dos Stones: "Remedy" dos Black Crowes é simplesmente devastante! Dá vontade de pegar um baixo e sair tocando!!!
Grandes os Blues Brothers em "Gimme some lovin'". Guitarra, baixo, bateria e sopros se amalgam de uma forma perfeita. Aqui também as vozes me parecem um tantinho atrás. Mas talvez seja minha impressão. Me divirto muito ouvindo essa faixa!
"Still of the night" do Whitesnake testemunha mais uma vez que o MDR-XB300 dá realmente um "live" feeling, como se estívessemos ouvindo os músicos tocando ao vivo. A música tem energia, nunca perde força. No começo da parte falada a voz do Coverdale não é muito inteligível, os graves descem sem piedade lá em baixo, embolando um pouco as coisas. Onde outro fone, digamos o Grado SR-60 devolveria a música bem mais polida, o Sony se comporta de forma visceral, com muita energia mas um pouco de dificuldade na separação dos instrumentos.
De qualquer forma... é só rock n' roll, e (graças a Deus!) nós gostamos.
Quero ver como este fone se comporta em um contexto mais "sério". Vittorio Grigolo, tenor italiano da nova geração em "Uma furtiva lacrima", também necessita de um pouco de correção para moderar os graves que de outra forma soariam invadentes demais. A voz è bem reproduzida em todas suas nuances, tem calor e profundidade. Dificil avaliar os instrumentos que nessa ária se limitam a prover um acompanhamento mais que discreto. Coloco então "Che gelida manina" e os arcos me parecem bem dimensionados, os sopros em equilíbrio. A voz do tenor sobe até os agudos sem grandes problemas. Gostei. Preciso avaliar as vozes femininas - penso - e assim chega a vez de Angela Gheorghiu. "O mio babbino caro" ao vivo me parece correta e equilibrada.
Agora algo diferente: The Ondekoza - Legend é um album que sonicamente daria problemas a qualquer caixa acústica ou fone de ouvido, tamanhas as baixas frequências destes tambores japoneses. O som que escuto através deste fone é forte, profundo e definido na faixa "Odaiko", onde uma flauta se livra etérea no ar, quase afugentada pela percussão do tambor. O som é reproduzido com uma realidade impressionante. Muito sugestivo, sem sombra de dúvida.
Hora de testar os graves de verdade com "Angel" do Massive Attack. Essa faixa tem uns sub-graves daqueles que fazem as paredes tremer(algo em torno de 20 hz!). Mais uma vez o som que chega ao meu ouvido confirma a excelência com que este fone reproduz as baixas frequências, com potência e precisão, sem esquecer do resto do espectro sonoro que tambèm se integra perfeitamente.
"The expert" dos suiços Yello é outro exemplo de música eletrônica com alto conteúdo de graves, vozes profundas, teclados e samples gravados maravilhosamente. Aqui também o resultado è excepcional. É claro que se trata de um fone que se dá muito bem com música eletrônica, hip-hop r'n'b e dance.
Continuo o test com um pouco de música erudita. O "Allegro moderato" da Arpeggione Sonata de Rostropovich e Britten é muito agradável atráves desse fone, talvez um pouco "escuro", faltando um pouco de brilho no piano.
O início da Sinfonia n.5 de Beethoven (Carlos Kleiber) é reproduzido com toda sua carga emocional (o destino que bate na porta). A massa orquestral é bem compacta, falta porém na minha opinião um pouco mais de presênça nos agudos (mas pode ser uma caracteristica da gravação da DG realizada entre 1974-76).
Conclusões:
O MDR-XB300 é um fone que excele onde tiver graves marcantes, não importa o tipo de música, garantindo um "punch" e energia incríveis. Blues, rock, pop, jazz, dance e quanto mais tocam com qualidade através deste fone da Sony. Ao contrário, onde os graves são mais sutis e onde a textura musical é mais complexa, as baixas frequências podem ter a tendência a sobrepor-se um pouco ao resto. Não se trata de um fone dos mais analíticos, portanto talvez não muito apropriado para mixagens em estúdio, por outro lado para quem busca o prazer de ouvir música com boa qualidade e conforto em casa ou em qualquer lugar é altamente recomendado.
Ótimo custo-benefício para quem comprar este fone na Europa ou nos EUA (me custou 35 euros na Fnac da Itália), um pouco menos aqui no Brasil, onde pode ser encontrado ainda por um preço acessível (por volta dos 200 reais), com absurdos (um erro com certeza) como no site Americanas onde o MDR-XB300 é vendido por R$ 9.999!!!